Aleluia! Demorou, mas finalmente foi dado o primeiro
passo concreto para se apear do poder o PT retirando seu membro mais inepto,
Dilma Rousseff, da posição onde o maior dano poderia ser causado. Tudo indica que o Brasil vá ser comandado nos
próximos anos por Michel Temer. Não
adianta espernear dizendo que ele não recebeu nenhum voto para presidente, pois
Itamar Franco, Jango Goulart e outros também não receberam, mas assumiram o
posto por terem sido eleitos vice-presidentes.
O brasileiro tem de ter mais critério para eleger presidentes e também
mais atenção em quem está votando para vice-presidente, pois há sempre a chance
deste vir a assumir o cargo de presidência.
Discussões à parte, Temer deve
assumir em algumas semanas a presidência, a não ser que o Senado resolva
recolocar o país em estado de convulsão não admitindo a denúncia aprovada na
Câmara. E então vem a pergunta que os
brasileiros deveriam estar fazendo: e agora Michel, o que vais fazer? Tirando os petistas de carteirinha, não havia
dúvida que Dilma estava cavando um poço mais fundo para atolar o país, mas será
que Temer sabe o que fazer para nos tirar do poço? Quais as medidas que devem ser tomadas de
imediato e no médio prazo para que possamos respirar e termos esperança?
Primeiro, o Brasil precisa
mostrar para o mundo que é um país sério e que tem profundo respeito pela
democracia. É claro que parte da
imprensa estrangeira, desprovida da mínima coerência e diligência, ou
simplesmente por má fé mesmo, acredita que os motivos para o afastamento de
Dilma são frágeis e que o que houve é um quase golpe. É necessário escancarar as atrocidades
fiscais cometidas nestes 5 anos de Dilma e pelo menos indicar que o Poder
Executivo vai se comprometer em respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal,
algo que o mercado financeiro e as agências de risco vão estar de olho. E claro, esse comprometimento é necessário
para que os contribuintes não tenham que ver sua renda diminuída por mais
impostos ou inflação. Não vai ser nada
fácil.
De qualquer maneira, o novo
governo deve mostrar um alinhamento com as mais sólidas democracias e se
afastar de ditaduras e protoditaduras.
Mais claramente, adotar uma postura de distância de Cuba e Venezuela
enquanto estes países mantiverem regimes de supressão de liberdades
individuais. A proximidade obscena do PT
com Castro, Chávez, Maduro entre outros, além de repugnante, sempre me fez
indagar se Lula e amigos queriam implantar no Brasil regimes semelhantes. Ter conversas mais estreitas com países como
EUA, os da Comunidade Europeia, Japão e outros não só demonstra uma postura
diferente como permitirá uma possibilidade de se abrir canais de comércio com
nações ricas no futuro, algo que empresários sérios nesse país desejam para
ampliar seus negócios, gerar mais riquezas e empregos.
Também de imediato, Temer pode
reduzir drasticamente os gastos com o “Bolsa Companheiro”, que é talvez um dos
maiores sorvedouros de recursos do Brasil.
O governo do PT tem cerca de 20 mil cargos distribuídos para
funcionários não concursados. Conhecendo
a qualidade do governo de Dilma e o caráter dos altos dirigentes do PT, creio
que a maioria desses funcionários deve ser composta por parasitas que além de
não fazerem nada de útil, atrapalham o bom funcionamento das instituições. Isso sem contar a dinheirama que é despendida
com os “movimentos sociais”, sindicatos e similares como CUT, UNE, MST, etc. Uma auditoria de quanto dinheiro foi gasto
com essas pragas e como foi gasto este dinheiro seria desejável, mas se pararem
de gastar com estes já ajudará em muito o resto do país.
Depois disso, as coisas se
complicam e bastante. Temer e seu
partido nunca me passaram a impressão de serem discípulos de uma administração
da coisa pública eficiente, correta e responsável, aliás, a impressão que tenho
do PMDB é bem oposta. O PT passou anos
aparelhando, inchando e sucateando a administração pública e está na hora de um
choque de competência para que essa combalida administração pública comece a
fazer bem para o país ao invés de travar o nosso crescimento e infernizar nossa
vida.
O país tem leis ou arcaicas ou
absurdas que dificultam a economia e a geração de empregos. A nossa legislação trabalhista é cheia de “direitos
trabalhistas” que fazem que qualquer empregador sensato pense bastante antes de
contratar alguém que implicitamente terá uma miríade de benefícios sem
necessariamente em contrapartida ter de mostrar um desempenho no emprego. A nossa previdência está quebrando, se já não
estiver quebrada, mas todos os brasileiros querem ganhar muito quando
aposentados e gastar pouco para contribuir antes da aposentadoria. O nosso sistema tributário parece ter sido
escrito pelo próprio Franz Kafka, não só se gasta um absurdo de impostos como
também se perde muito tempo pagando impostos.
Reformas trabalhistas, previdenciárias e tributárias são urgentes, mas
não vejo os velhacos que infestam o PMDB tendo essas reformas como
objetivo. Se Temer não cogitar essas
reformas, dificilmente o Brasil poderá alçar voos mais altos que aqueles de uma
galinha.
A nossa infra-estrutura está
sucateada graças às ideologias burras do petismo, bem como a sanha de poder
meter a mão no dinheiro público, e precisamos modernizar estradas, ferrovias,
aeroportos, portos, etc. Relançar PACs ou
algo similar seria no mínimo deprimente. O país não tem dinheiro, então que os
recursos para esta modernização sejam originários do setor privado. Se Temer for adepto da retórica nacionalista
míope, podemos esperar que as previsões do filme “De Volta para o Futuro –
Parte 2” se concretizem e que em breve não precisemos de estradas ou de usinas
elétricas. Acho improvável...
E por último, mas igualmente
importante, um combate implacável à corrupção endêmica do país. O governo brasileiro precisa ser menor e mais
transparente. Os gastos públicos devem
ser menores e precisam ser informados ao público. O PT torra a nossa grana com hospedagem em
hotéis caros, aluguéis de limusines, voos de primeira classe e esconde esses
gastos do público. É simplesmente
inaceitável. Apesar do PMDB não ser
nenhum campeão de lisura, fica a esperança que Temer implemente os mínimos
mecanismos para o escrutínio de como nossos impostos são gastos.
Estes são alguns dos pontos que
Michel Temer e seu novo governo devem abordar nos primeiros momentos. Há muitos outros como redução do número de
ministérios, retomada das privatizações, independência do Banco Central, que
também são igualmente necessários e importantes. O novo governo deve levar a crise a sério, saber
articular uma união entre os partidos que se opuseram à Dilma e tentar colocar
de novo o país no eixo. Pior do que não
sairmos da crise nos próximos anos, é termos de cogitar a possibilidade de ter
alguém eleito em 2018 que nos coloque de novo no fundo do poço. Michel, não nos desaponte!